Escadas = esporte radical

Escadas = esporte radical
Aprenda a usar e não use o postulado de Bechara como eu

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Linha do tempo - Dia 29

Dia 29 - 22/02/10
Pude sentar na cadeia higiênica e validar a teoria da gravitação universal. Algo que estava orbitando em mim foi atraído pela massa da comadre que orbitava embaixo. Que facilidade e como é bom ser quase uma pessoa normal.

Tomei um banho de regador, quase um banho normal no meu chuveiro gigante.

Linha do tempo - Dia 22

Dia 22 - 15/02/10
Voltei ao hospital para tirar os pontos. Aproveitaram e fizeram um corte no gesso aliviando a compressão e o gesso virou apenas duas talas de imobilização.
Encontrei por acaso com o médico que me operou e ele disse que tirar os pinos é simples: eu tranco os dentes e ele puxa. Deve usar com um alicate.
Triste é que só liberou para eu usar a cadeira higiênica no dia 22/02 = mais uma semana.

Tenho de retornar dia 01/03. Espero que neste dia ele arranque os pinos e coloque a bota possa me liberar para ficar mais sentado e poder ficar pé.

Linha do tempo - Dia 15

Dia 15 - 08/02/10
Dia da alta.
A Amábile e a Roberto fizeram uma operação de guerra. Transformaram a sala num hospital de guerra.

Passei pela sala de gesso para trocarem por uma bota nova, visto que a que colocaram após a cirurgia já estava folgada. Meu pé tinha desinchado um monte.

Quando o médico abriu o gesso pude ver os três pinos saindo para fora do calcanhar. Parecia que tinha sobra peça na reforma. Só não sabia como seriam retirados. O pé estava uma cena de filme de terror. O pé do Frankstein com certeza era mais bonito. O meu estava roxo, enrugado, manchado de medicamento, com fiapos de algodão, gase nos pinos e uma ferragem exposta. Era a visão de filme de terror.

Tive de vir de ambulância para casa. Em casa foi a operação de logística. Por sorte troquei a janela da cozinha por uma grande porta de correr. Senti só o gostinho do curto passeio e em casa fui para a cama de novo. Mudou só ambiente, pois em casa é bem melhor que no hospital e sem falar na comida da mama.

Linha do tempo - Dia 13

Dia 13 - 06/02/10

Rotina de paciência: remédios na veia, banho de leito, traseiro com formigamento de tanto ficar amassado numa posição só.

Coloquei a degradante fralda geriátrica e iniciei a batalha de fazer o 2. Que falta fez a força da gravidade. Tudo fica mais difícil.

Linha do tempo - Dia 12

Dia 12 - 05/02/10

Rotina de paciência: remédios na veia, banho de leito, traseiro com formigamento de tanto ficar amassado numa posição só.

Ainda sem fazer o 2. Tomando a graxa de ameixa, remédio, Actvia, semente de linhaça.

Linha do tempo - Dia 14

Dia 14 - 07/02/10
Rotina de paciência: remédios na veia, banho de leito, traseiro com formigamento de tanto ficar amassado numa posição só.

Na madrugada perdi o sono e acabei vendo o programa Cardápios ao redor do mundo. Foi uma provação. Acabei vendo um prato mexicano feito de feijão com carne de porco, bem parecido com o feijão que minha vó materna fazia no fogão a lenha e de quebra um frango como molho de chocolate que me lembra frango ao molho pardo. Quem disse que eu conseguiria dormir depois daquilo.

No almoço, imaginem, nada parecido. Veio o manjar e eu tive ânsia. Não tinha jeito. Sei que existe a dieta e a comida é bem feita, mas meu paladar já rejeitava aquilo. Não deu para comer e por sorte tinha os pães de queijo que minha mãe tinha levado. Acabei almoçando café com pão de queijo. Fiz melhor troca.

No jantar não consegui comer. O jeito foi comer o talharim que minha mãe tinha feito. Escondido é claro. E o manjar do hospital a mãe comeu. O que uma mãe não faz pelo filho.

Linha do tempo - Dia 11

Dia 11 - 04/02/10

Rotina de paciência: remédios na veia, banho de leito, traseiro com formigamento de tanto ficar amassado numa posição só.

Ainda sem fazer o 2. Tomando a graxa de ameixa, remédio, Actvia, semente de linhaça.

Linha do tempo - Dia 10

Dia 10 - 03/02/10

O enfermeiro retirou a sonda. Coisinha esquisita. O camarada esvazia uma bolsa que fica na ponta da sonda dentro da bexiga e puxa aquela mangueira de dentro das suas entranhas. Tem casa coisa. Depois tirou o dreno que também foi puxar um tubinho do meu íntimo. Cada coisa...

O banho foi muito melhor. Como o chassi estava estável ficou mais fácil virar de lado.

Ainda sem fazer o 2. Tomando a graxa de ameixa, remédio, Actvia, semente de linhaça.

Vamos refletir sobre o futuro


Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!


Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...


Docência: uma carreira desprestigiada

Quando me graduei em engenharia logo me lembrei de mandar um convite para uma pessoa especial: a D. Conceição Rios que foi minha professora de primeiro ano do primário. Afinal, ela segurou a minha mão para me ensinar a escrever e naquele momento eu assinava meu diploma. Ela era responsável por me levar até a faculdade, ou seja, me ensinou os primeiros passos para sair da ignorância humana. Recordo-me de todas as outras professoras, D. Maria José, D. Irene, D. Lourdinha(prima) e depois todos os outros do ginásio e científico. De todas elas creio ter levado uma reprimenda, castigo ou coisa parecida em nome da ordem e do aprendizado. Isto não me causou nenhum trauma e tanto que nem lembro de nada, lembro-me apenas das boas coisas e do que aprendi. Hoje fico muito chateado com a falta de respeito dos alunos e com as aberrações que acontecem. Na verdade? Culpa dos pais que não dão limites. Assim li a reportagem abaixo e acho que vai diminuir mesmo. Quem gosta de trabalhar ser ameaçado, desrespeitado e não poder exercer nenhuma ação.

"Levantamento realizado pela Fundação Victor Civita comprova uma percepção alarmante: a profissão docente não é considerada uma opção atraente pelos estudantes do Ensino Médio. Apenas 2% desejam cursar Pedagogia ou Licenciatura."


Hoje saiu na mídia:

04/03/2010 - 17h02

Professora é atingida por bala perdida na porta de uma escola no Rio de Janeiro.



SP e BA registram violência em escola

Foram 3 casos em 2 dias na rede pública, todos com feridos; em Salvador, aluno atacou professor com faca

Tiago Décimo e Sandro Villar


Será que onde está o respeito ao professor? Gente, vamos educar os protótipos de bandidos que frequentam as escolas! E depois vêm alguns habitantes de Marte dizer que castigo e punição traumatiza. Ora me poupe!

Linha do tempo - Dia 9

Dia 9 - 02/02/10

06h30min - Fui levado para o centro cirúrgico
O anestesista pediu para tirar meu cavanhaque. A enfermeira ficou toda pesarosa. Achei interessante a preocupação dela com minha barba. Ela disse que tem gente que não concorda em ter de fazer a barba. Será possível? O camarada mais preocupado com a barba do que com a saúde?

Por volta de 14h00min acordei da anestesia e vi que tinha tubo pendurado de todo lado. Soro de pote no braço com dois acessos, sonda de um lado e dreno de outro. Pelo menos mudei de maca e senti que o chassi estava mais estável. Coisa esquisita é fazer xixi com sonda. Nunca se sabe quando tem vontade, fica como uma torneira aberta e dá a sensação que está furada a caixa d'água.

Voltei para o quarto e o soro corria aos cântaros.
Segundo o médico não houve necessidade de transfusão de sangue e foi colocada uma pequena placa com seis parafusos. Sendo o corte de 20 cm imagino o tamanho da placa.
Minha preocupação agora é que não vou poder ter parto normal(brincadeira) e quando eu andar de moto vou amassar o tanque pois agora tenho um para-choque de titânio.

Linha do tempo - Dia 8

Dia 8 - 01/02/10
Só medicamento.

Fui tentar fazer o 2.
Vocês não têm idéia o que mudar a ordem natural das coisas. Fazer o 2 deitado numa fralda é horrível. Logo pela manhã coloquei a humilhante fralda geriátrica e tentei organizar o procedimento: seguro a fralda, ou seguro o porta-ovos para não deixá-lo jogado na imundície, levantar o quadril ou sentar literalmente na m..., fazer força e deslocar os ossos ou deixar o curso natural. O que fazer? Abri o compasso na posição de frango assado, me concentrei e fiz força. Senti que tudo que estava lá embaixo parecia querer ser expulso também. A veia do pescoço ficou grossa como meu dedo indicador, o suor descia igual a tampa de marmita. Controlei o limite da força para não desmaiar. Nunca tinha passado por aquilo, parecia que estava colocando o pescoço para fora. Ainda bem que tem as orelhas para segurar. Aliviei que pareceu que um vazio realmente me invadiu e fiquei oco literalmente. Esgotei as energias e o quarto foi tomado por um ar poluído que achei que urubus iriam pousar na janela.
Veio a hora da limpeza e para aumentar meu constrangimento vieram duas enfermeiras. Depender de alguém para estas coisas tão simples e privadas nos leva a refletir que não somos tão independentes e autônomos assim. Como é a insignificância da carne. Somos nada nestas situações.

A partir das 22h00min comecei o jejum para a cirurgia do dia seguinte.

Linha do tempo - Dia 7

Dia 7 - 31/01/10
Só medicamento.

Ainda sem fazer o 2.
A enfermeira me deu um comprimido, me deu uma graxa de ameixa e nada.

Recebi a visita do amigo Cláudio Sakata. O Cláudio começou a trabalhar comigo faz uns dois meses, mas é uma daquelas pessoas que logo se gosta de trabalhar junto, compartilha os objetivos e sempre é um aprendizado. Obrigado Cláudio pela visita e pela amizade.

Linha do tempo - Dia 6

Dia 6 - 30/01/10
Só medicamento.

Ainda sem fazer o 2.
A enfermeira me deu um comprimido, me deu uma graxa de ameixa e nada.
No fim do dia eu pedi ajuda extra e lá veio novamente o supositório de glicerina. Diferente da primeira vez foi traumático visto que a enfermeira não foi tão delicada como da primeira vez. Virei de lado e a enfermeira na operação se descuidou e minha perna saiu do alinhamento e cruzou uma com a outra. Tive de ir na lua buscar a alma de volta. Depois disso lá se foi a vontade. Não sabia o que era mais doloroso: o ás de copas ou os ossos deslocados. Coisa complicada.

Recebi a visita do amigo Miguel e a Lívia. Ele me levou uns livros para ler, Ponto de impacto e Símbolo perdido. O Miguel trabalhou comigo em 2003 e depois fomos pulando de empresa para empresa e hoje estamos na mesma empresa de novo. Miguel é um daqueles meninos que serão presidentes um dia. Já o adotei como filho. Obrigado Miguel pela visita e pela amizade.

Tentei ler o livro, mas o desconforto era tão grande que eu não conseguia me concentrar.

O que eu fiz nestes dias de recuperação

Desde o acidente algumas coisas eu fiz e outras eu refleti.
Coisas que eu fiz:
  1. Agradeci a Deus por estar vivo e que nada de mais grave aconteceu.
  2. Procurei rezar sempre.
  3. Percebi o quanto ainda tenho de fazer pelos pequenos. A Giovana me viu caido e me lembro dos olhinhos dela chorando. Percebi a preocupação do Ricardo e da Giovana quando me visitavam no hospital.
  4. Agradeci sempre aos enfermeiros e médicos.
  5. Procurei ter paciência.
  6. Entendi que não consigo carregar o mundo sozinho.
  7. Valorizei simples coisas como um bom banho, uma boa noite de sono podendo se mexer e esparramar numa cama.
  8. Senti o calor dos amigos que me ligaram dos mais diversos cantos.
  9. Tentei explicar ao Ricardo que me questionava por que tinha acontecido aquilo comigo.
Coisas que eu refleti:
  1. Sobre o quanto ficou preocupada a Amábile. Acho que ela ficou preocupada que eu fosse abotoar o paletó, esticar as canelas, partir desta para melhor, vestir o paletó de madeira. Acho que eu sou importante para ela.
  2. Senti o quanto ainda tenho para fazer pelos meus pequenos. O Ricardo e a Giovana expressando sua preocupação de forma singular e sempre querendo ajudar.
  3. Que devo acreditar mais nas minhas intuições. Pressenti a escada traiçoeira e ignorei.
  4. Observei a profissão de enfermeiro e médicos. Estes são profissionais que têm um valor diferenciado. Eles não constroem casas, não projetam máquinas, bens de capital ou ativos para uma empresa. Todos os bens materiais são facilmente depreciados, reconstruidos, descartados e esquecidos. Eles lidam com algo que é intangível e só se tem a exata noção quando está em falta: a saúde. E a saúde te permite fazer tudo o que é material. Eles reconstroem a sua saúde e o seu bem estar. Eu como engenheiro cheguei até a sentir minha profissão inferiorizada, pois o que o enfermeiro e médico resgatam este bem maior. Deus proteja os médicos e enfermeiros que me atenderam.
  5. Podemos economizar água no banho diário. Depois que pude usar a cadeira higiência eu tomei um banho saudável com apenas um regador de água que deve ter no máximo uns 12 litros.
  6. Mesmo fazendo a reforma da casa e abrindo vão maiores a acessibilidade ainda é precária. A prefeitura de São Paulo tem um trabalho muito bem feito que gerou um documento sobre o tema. Se não me engano é a cartilha de acessibilidade. Lá existem padrões para as mais diversas edificações que podem ser perfeitamente usados com referência para nossas residências. A população brasileira está envelhecendo e nossas moradias não estão adequadas. Hoje vejo a necessidade desta preocupação na compra de um imóvel.
  7. Em 25/02 recebi o telefonema do meu irmão informando que o tio José Del Vecchio tinha falecido. Eu tinha prometido de ir vê-lo tão logo me recuperasse e não deu tempo. Mais vez a prova de que não podemos esperar para visitar aqueles que gostamos, abraçar aqueles que nos fazem falta. Não há justificativa para adiar um abraço. Tudo se recupera, menos o tempo perdido. Deus cuide do tio Zé. Rezarei por ele.

Podemos mudar hábitos

Meu querido avô Ricardo era uma pessoa sábia e homem de vanguarda. Quando menino sempre ouvia seus ensinamentos e ele sempre dizia que podíamos tomar banho com um regador, ou seja, uma lata de 18 litros e isto bastaria. Na casa dele havia fogão a lenha com serpentina que esquentava uma caixa com 80 litros de água para dez pessoas tomarem banho. E isso era suficiente.
Hoje depois de tomar banho de leito e agora a partir do dia 22/02 quando passei a tomar banho usando o regador do jardim lembrei-me do meu avô. O regador é suficiente para meu banho. Molho-me, ensaboô-me e enxaguô-me sem faltar nada. Meu avô sempre esteve certo. Hoje desperdiçamos água. Podemos mudar os hábitos!

Outra coisa que sempre me lembro da casa do meu avô era a quantidade de lixo que se gerava. Na casa dele, o saquinho de papel do armazém virava embalagem para as cestas básica da conferência de São Vicente de Paula. Os resíduos orgânicos viravam compostagem. Os vidros iam para o latão e vendidos no ferro velho. Não existia plástico e nem sacolas de plástico.

Empresa galesa faz casa com 18 toneladas de plástico reciclado. Veja a reportagem completa em http://casaeimoveis.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2010/02/24/empresa-galesa-faz-casa-com-18-toneladas-de-plastico-reciclado.jhtm

Linha do tempo - Dia 5

Dia 5 - 29/01/10
Só medicamento.

Ainda sem fazer o 2.
A enfermeira me deu um comprimido, me deu uma graxa de ameixa e nada.

O sono da noite não era repousante. Tinha de ligar o ar condicionado em 20C. O lado A esfriava, mas o lado B queimava e não havia o que fazer.

A comida do hospital começou a ficar nauseante. Pedi para trocar pela sopa que ontem pareceu mais saborosa.

Não conseguia me concentrar, ler ou ficar em um canal de TV por mais de cinco minutos. Os neurônios não funcionavam bem.

Linha do tempo - Dia 4

Dia 4 - 28/01/10
Só medicamento.
Trocar o acesso na veia e o enfermeiro acertou de primeira depois que minha cunhada Roberta tocou o terror no cara. Se fosse preciso ela pegaria a veia porque no PS tinha feito uma carnificina comigo. Por isso é bom ter uma cunhada que gosta de mim, é advogada e ainda por cima é técnica de enfermagem. Me senti até protegido. Valeu Roberta.

Depois do médico que queria me mandar para casa, recebi a visita do médico chefe. Ele disse que qualquer dúvida era para que as enfermeiras falassem com ele e que ele sabia de tudo. Nada de esforço e que eu ficasse calmo por três meses. Acho que o médico estagiário tomou um carcada. Cada uma, tem songo mongo em todo lugar.

Ainda sem fazer o 2. Comecei a ficar preocupado pois eu sou produtivo neste quesito. Faço todo dia.
A enfermeira me deu um comprimido, me deu uma graxa de ameixa e nada.
Neste dia a enfermeira me aplicou um supositório. Simpático não? Todo quebrado e ainda enfezado, literalmente. A experiência não foi traumática, mas não teve efeito algum. Acho que a ausência de gravidade para o caso e o terror de pensar em fazer na fralda era algo que travava tudo. Não dava para usar a comadre, pois eu não podia apoiar o quadril. Aliás pouco ético este nome não é? Imagina eu dizer: fiz o 2 na comadre. Deveriam arranjar outro nome técnico. Essa coisa de fazer o 2 na comadre e o 1 no compadre deve ter sido dado por alguém que odiava a comadre e o compadre. Não é o meu caso.

Linha do tempo - Dia 3

Dia 3 - 27/01/10
O dia parece uma eternidade. Ficar na mesma posição é de lascar.

Hoje tive a visita de um médico diferente. Acho que era estagiário, pelo menos não deve ter lido meu prontuário ou estava mais perdido que cego em tiroteio. Ele chegou de manhã e perguntou: pronto para ir para casa? Eu disse, só preciso saber o que o senhor vai fazer com o meu quadril aberto. Não sei por que ele saiu, sumiu e nunca mais o vi.

Virar de lado ainda é como ficar na barreira de frente para o atacante sem proteger as partes pudentas e sem saber onde ele vai chutar. Vou virando de lado e sentindo o osso balançar de um lado para outro. Parece andar de bicicleta naquelas bicicleta com o quadro que articulo no meio, a roda da frente vai para a esquerda e a roda de trás vai para a direita. Eta coisa ruim.

O apetite já era. Não sei se era tanto medicamento ou falta de vontade de me mexer e doer muito.

Ainda sem fazer o 2.

Sinto saudade de dormir de lado e poder me mexer na minha cama gigante. A parte sentante já tem formigamento e os músculos repuxam. Falta posição confortável e dormir fica difícil.