Escadas = esporte radical

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Aprenda a usar e não use o postulado de Bechara como eu

terça-feira, 2 de março de 2010

Colhendo o que se planta

Tempos atrás trabalhei numa empresa que foi minha verdadeira decepção. Até mudei de estado acreditando que teria uma vida melhor longe da correria de São Paulo. Na verdade eu nem morei lá de tanto que viajava. Lá passei por uma situação que muito me relembrou os ensinamentos do meu pai: se você não puder ajudar alguém não o prejudique. Aqui se faz aqui mesmo se paga. Deus só vai fazer o acerto final.
Naquela empresa eu vivenciei o chefe aqui denominado "ditador" sempre difamar o gerente aqui denominado "lesmossaurotuba" para o diretor aqui denominado "piloto da câmara de gás".
Naquela época no início das atividades havia dificuldade em conseguir profissional no mercado que se dispusesse a se mudar de cidade. Assim o ditador convidou um colaborador da própria empresa. Perguntou-me a respeito e eu disse que ele deveria ser treinado com alguma pessoa mais experiente, pois tinha 15 anos de empresa em uma única área que não tratava diretamente com projetos dos clientes. O dito foi trabalhar conosco e imediatamente o ditador o colocou para lidar com um cliente problemático num projeto que já estava atrasado. O resultado já era esperado. Depois de vários percalços o ditador me pediu que fizesse um relatório declarando que o novo colaborador não tinha capacidade de trabalhar conosco. Esta não era a verdade dos fatos e eu jamais faria algo para prejudicar alguém. Disse-lhe que poderia escrever o que eu já havia dito, mas que não era verdade o que ele queria e que se ele quisesse se esconder atrás de alguém ele mesmo deveria emitir o comentário e assumir o que queria fazer. Assim, o ditador arranjou outro que fez o tal relatório. Resultado: o colaborador foi colocado à disposição e foi demitido tempos depois. Depois desse episódio minha vida profissional virou um inferno: viagens constantes, viagens no horário de expediente eram vistas como represália, despesas de viagem constantemente eram glosadas, questionadas, pagas com morosidade, reservas nos piores hoteis, e tudo o que propunha para melhorar era retaliado. Acabei mudando de empresa e voltando para São Paulo e minha felicidade profissional voltou. Semana passada depois de várias tentativas de derrubar o lesmossaurotuba, houve uma mudança na organização e ele não ganhou o cargo do lesmossauro e depois disso ele foi demitido. Recebi várias mensagens felizes pelo ocorrido. Será que ele se lembrará do que fez? Será que ele conseguirá outra colocação? Aqui se faz aqui se paga.

Linha do tempo - Dia 36

Dia 36 - 02/03/10
Retornei ao ortopedista e fui liberado para sentar por mais tempo e sem medição anti-trombolítica(não é para evitar crescer tromba, é para evitar trombose venosa).
Dia 13 devo fazer novos raios X e dia 15 volto para arrancar(literalmente é arrancar) os pinos. A partir do dia 15 inicio fisio no pé esquerdo sem carga. Farei 15 dias e depois mais 15 com carga. Para a perna direita e braços a Célio me passou uma série de exercícios.
A partir do dia 15 pretendo voltar a trabalhar de cadeira de rodas. Serei um deficiente temporário. Ainda bem que na empresa já pensaram em acessibilidade. O problema é a logística: quem poderá me levar ao trabalho.

Você sabe se comunicar bem?

A maneira de dizer as coisas...

Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.

- Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente – gritou o sultão, enfurecido - Como te atreve a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.

Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.

Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que seu colega havia feito. Não entendo por que ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo – respondeu o adivinho – que tudo depende da maneira de dizer...

- Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.