Escadas = esporte radical

Escadas = esporte radical
Aprenda a usar e não use o postulado de Bechara como eu

sexta-feira, 26 de março de 2010

Será mesmo que você é substituível?

Deus deu um talento para cada um de nós, mas o homem, ao interferir na obra de Deus, com seus métodos científicos, transforma os seres humanos em máquinas, distanciando-o dos princípios e valores de Deus .

Será mesmo que você é substituível?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça: "Ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a

cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho. E o Beethoven?

- Como? - encara o gestor, confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível. Quem substituiu o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa história nesses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

As empresas falam em descobrir talentos, reter talentos mas, no fundo, continuam achando que os profissionais são apenas peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabiam fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E portanto são, sim, insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia apenas para reparar 'seus gaps'.

Ninguém se lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias e hoje, para substituí-lo, chamamos:

Ninguém.... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca se esqueça: Você é um talento único, com toda certeza insubstituível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinta-se à vontade para comentar ou sugerir algum tema que julgue interessante ou até mesmo suas dúvidas.