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segunda-feira, 15 de março de 2010

Nossos heróis: uma reflexão sobre nossas referências

Estava refletindo sobre quem seriam hoje os heróis, as referências dos nossos filhos. Num passado não muito distante a referência era a família, nossos avós, nossos pais, nossos tios, nossos professores, o padre da paróquia, o policial e tantos outros. Um reforçava o outro. Os valores eram comungados numa irmandade que queria o mundo melhor.

Hoje é angustiante. Os professores foram rebaixados para a mesma categoria das minhocas do jardim. Absurdos acontecem e a inversão é total que quando o aluno tem nota baixa, os pais questionam o professor e não ao aluno. O padre? Quem hoje reza e liga para o convívio religioso? O policial? Quem hoje o enxerga como o preservador da ordem e o que cumpre a lei? Os avôs são vistos como o descartável item velho que insiste em durar mais do que deve. No ônibus é o que atrapalha e ninguém dá lugar para um vovô se sentar. Tem lugar reservado, atendimento preferencial e estatuto do idoso. Será que precisaria de tudo isso se nós fôssemos mais educados e respeitosos. Não adiantam Leis se quem deve ser agente ativo não consegue respeitar nem o semelhante e imagina respeitar algo que está frio grafado em papel.

Diante de tudo isto resgatei um email recebido no passado que está transcrito abaixo.

“Cazuza, um idiota morto.

Parabéns para quem escreveu isto com muita coragem.

Leiam, é importante divulgar.

Esse cidadão dizia "todos os meus heróis morreram de overdose". E era aplaudido.

É .... DEVIAM COLOCAR o texto abaixo NUM OUTDOOR LÁ NA PRAÇA CAZUZA, NO LEBLON...

Psicóloga x Cazuza!

Esta mensagem precisa ser retransmitida para todas as FAMÍLIAS!

Uma psicóloga que escreveu corajosamente algumas verdades.

Uma psicóloga que assistiu ao filme escreveu o seguinte texto:

Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora..

As pessoas estão cultivando ídolos errados..

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?

Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.

Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado.

No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

São esses pais que devemos ter como exemplo?

Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.

Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?

Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi conseqüência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO quando necessário?

Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.

Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.. Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos.

Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.”

Karla Christine

Psicóloga Clínica

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